O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março no mundo inteiro, vai muito além das homenagens; é uma oportunidade importante para reforçar as discussões sobre gênero, combater disparidades e preconceitos, e promover mudanças significativas na nossa comunidade.
Quando abordamos questões do gênero feminino, a saúde ganha destaque como um tema essencial. Apesar do aumento na expectativa de vida em geral, as mulheres ainda enfrentam períodos consideráveis convivendo com desafios que envolvem a sua saúde e bem-estar.
É sobre essa temática que vamos falar hoje nesse artigo especial. Confira!👇
Segundo o relatório da McKinsey & Company e do World Economic Forum, intitulado “Closing the Women’s Health Gap”, há uma oportunidade de fechar a lacuna na saúde das mulheres no mundo.
A análise revela que, além de beneficiar 3,9 bilhões de mulheres globalmente, há um potencial para impulsionar a economia global em $1 trilhão anualmente até 2040.
Porém, para alcançar resultados de impacto, a pesquisa apresenta algumas questões:
✅ As disparidades de saúde entre o homem e a mulher;
✅ A falta de dados sobre a saúde das mulheres;
✅ A dificuldade de um planejamento familiar e acesso à saúde adequados.
O impacto da saúde na vida das mulheres
O estudo também destaca que, ao longo da vida, as mulheres passam, em média, 9 anos lidando com problemas de saúde. Essas questões não só afetam sua presença e produtividade em diferentes aspectos, mas também impactam seus ganhos financeiros, causando afastamentos do mercado profissional.
Melhorar o bem-estar das mulheres traz resultados econômicos positivos, mas também é uma questão importante de equidade de gênero e inclusividade na área da saúde. Além de criar efeitos benéficos na sociedade, também influencia positivamente gerações futuras e estimula o envelhecimento saudável.
E já que estamos falando sobre saúde da mulher, selecionamos 5 leituras do nosso blog para você conferir:
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E a saúde mental feminina, como fica?
Em um ambiente corporativo, as mulheres profissionais enfrentam desafios adicionais, como o estresse e a sobrecarga, resultando em problemas de saúde mental, incluindo o burnout.
A pesquisa "Saúde mental, diversidade e ambiente de trabalho" da Lupa em parceria com a Exame, revela dados preocupantes sobre como esses problemas afetam prioritariamente grupos socialmente minorizados.
Na pesquisa, realizada em ambiente corporativo, quando as pessoas foram perguntadas se já enfrentaram ou estão enfrentando algum transtorno, as respostas foram:
➡︎ 71,5% ansiedade
➡︎ 30% depressão
➡︎ 24,7% burnout
➡︎ 19,7% relatou não ter sofrido
➡︎ 8,7% síndrome do pânico
➡︎ 7,2% ideação suicida
➡︎ 7,2% abuso de substâncias químicas e álcool
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, as mulheres têm duas vezes mais probabilidade do que os homens de desenvolver depressão e ansiedade.
Há componentes genéticos, ambientais, sociais e hormonais envolvidos nesse cenário. As mulheres correm mais risco de assédio e violência doméstica, além de sofrerem com questões de desigualdade salarial e da dupla jornada de trabalho.
Essa sobrecarga faz com que elas tenham menos tempo para se dedicar a hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono regulado e alimentação balanceada. A pressão estética com que as mulheres convivem também é outro ponto de atenção. A Associação Americana de Psiquiatria revela que os transtornos alimentares afetam o gênero em 85 a 90% dos casos.
Além de lutar para mudar esse cenário, nós precisamos ser empáticos e procurar entender a dor do outro. Caso você conheça alguma mulher que sofre de ansiedade ou depressão, recomende que a pessoa busque ajuda e terapia. O bem-estar emocional é coisa séria!
Como a hygia vem contribuindo no cuidado com a saúde da mulher?
A hygia reforça seu compromisso em compreender e atender às necessidades específicas das mulheres em seu ambiente de trabalho. O nosso primeiro passo foi entender qual era o cenário atual.
Ao longo dos últimos 4 anos, mais de 8.372 mil profissionais participaram do nosso Mapa de Saúde, oferecendo uma visão abrangente sobre a realidade do ambiente corporativo nacional. Neste contexto, 5.302 mil são mulheres. Nesse universo, 34% trabalham no formato híbrido e 29% trabalham no formato remoto.
Os dados coletados revelam aspectos significativos que merecem destaque:
➡︎ 39% das mulheres que participaram do levantamento expressam insatisfação com o ambiente profissional.
➡︎ 53%, ou seja, quase metade delas, acreditam que o trabalho não contribui para a promoção de sua saúde.
➡︎ 18% têm chance de desenvolver infarto ou AVC nos próximos 10 anos.
➡︎ 59% enfrentam algum tipo de doença crônica.
Esses dados ressaltam a necessidade de iniciativas voltadas para o bem-estar no ambiente corporativo. Os números também levantam preocupações em relação à saúde física das mulheres no ambiente profissional.
A grande maioria delas se declara não-fumante. E quando perguntadas se o sono está em dia, grande parte consegue manter uma média de sono regular de 7 horas/noite, porém, a nota na avaliação da qualidade do sono é 6.73, ou seja, para a maior parte delas, a qualidade do sono não está boa. No quesito consumo de álcool, 35% delas assume que consome álcool regularmente.
Outro dado interessante, 96% das entrevistadas praticam atividades espirituais. Para muitas pessoas, a espiritualidade é uma fonte de conforto, bem-estar, segurança, significado, ideal e força.
Nos cuidados pessoais, 45% das mulheres participantes afirmam estar com seu check-up em dia, indicando um nível de conscientização sobre a importância da prevenção e da detecção precoce de problemas de saúde.
No entanto, no cenário da saúde mental, os dados revelam desafios importantes. 78% das profissionais respondentes apresentam sinais de depressão, enquanto 53% estão em risco de burnout, destacando a necessidade urgente de programas e suportes focados na saúde mental das profissionais. Na autoavaliação de saúde geral, a nota média que elas atribuíram foi 6.67.
Em síntese, a hygia não apenas coleta dados, mas utiliza essas informações para orientar práticas e intervenções específicas que visam melhorar a saúde e o bem-estar das mulheres no ambiente de trabalho.
Estamos comprometidos em desenvolver soluções que promovam um ambiente profissional mais saudável, equitativo e estimulante para todas as mulheres que fazem parte da nossa comunidade.
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Oportunidades para agir: vamos virar esse jogo?
Apresentando oportunidades relevantes, desde investimentos em pesquisa específica até incentivos para inovação em saúde feminina, o relatório da McKinsey destaca a importância urgente de fechar a lacuna na saúde das mulheres. A ação é essencial para melhorar a qualidade de vida de bilhões e aproveitar uma oportunidade econômica significativa.
Mas além dos benefícios econômicos - que são evidentes -, a melhoria da saúde das mulheres é, acima de tudo, uma questão de equidade e inclusividade. Abordar essa lacuna não só eleva a qualidade de vida das mulheres, mas também promove um impacto positivo na sociedade, contribuindo para o envelhecimento saudável das gerações futuras.
É hora de agir e transformar a realidade da saúde das mulheres no Brasil e no mundo todo. Aqui na hygia estamos comprometidos com isso, e você, como está agindo para fazer do mundo um lugar mais inclusivo?