Muitos fatores podem influenciar o desenvolvimento de um câncer de mama, como histórico familiar, a prática ou não de atividade física, alimentação saudável, entre outros hábitos ou causas ambientais que impactam diretamente na nossa saúde. Estas diversas condições podem favorecer a mutação das células, tornando-as, portanto, cancerígenas.
O histórico familiar é um dos fatores que causa muitas dúvidas e anseios, principalmente nas mulheres. O câncer de mama hereditário, ou seja, que é herdado geneticamente, ocorre em famílias portadoras de mutação dos genes BRCA1 e BRCA2, principalmente. As mulheres que herdaram esses genes têm risco muito aumentado de desenvolver câncer de mama e/ou de ovário.
Portanto, entre fatores de risco para câncer de mama a serem analisados nos exames preventivos e diagnósticos do câncer, o histórico familiar é um dos principais, já que a ocorrência da doença em outros parentes de primeiro grau pode indicar a existência de um fator genético que aumenta a probabilidade de câncer de mama na família. Afinal, trata-se de uma condição que pode ser facilitada diante da ocorrência de quadros familiares anteriores.
Estima-se que de 5% e 10% dos casos de câncer de mama estão relacionados ao fator genético, ou seja, ao histórico familiar.
Nesses casos, é recomendado que realizem os exames preventivos antes dos 40 anos ou 10 anos antes à idade da pessoa cujo histórico familiar tenha registrado a doença.
Importante: a ausência de casos na família não significa que está imune da doença, o histórico familiar é apenas um de entre outros fatores considerados de risco. Por isso, é igualmente necessário o cuidado e prevenção da doença.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 90% dos casos de câncer são de natureza esporádica, ou seja, não estão relacionados às alterações nos genes transmitidos de pais para filhos. Este tipo de câncer é causado por mutações que acontecem nos genes devido a fatores ambientais ou comportamentais, como alimentação, hormônios, exposição à radiação e envelhecimento natural.
Ou seja, uma pessoa pode vir a desenvolver a doença, mesmo que não tenha nenhum caso de câncer na família, Por isso é tão importante o acompanhamento com uma pessoa profissional da saúde e a realização de exames preventivos anualmente.
Cuidados para quem tem histórico familiar de câncer de mama
O check-up para acompanhamento e possível diagnóstico de doenças é uma recomendação para qualquer mulher, mesmo aquelas que não possuem o histórico familiar de câncer de mama ou outro tipo da doença. Os cuidados devem incluir:
autoexame das mamas, conhecimento para identificar possíveis alterações precocemente.
Realizar exames preventivos todos os anos
Acompanhamento com uma pessoa profissional da saúde
Início das mamografias a cada dois anos a partir dos 40-50 anos
Manter-se informada sobre saúde, hábitos saudáveis, sintomas e fatores de risco
Câncer de mama e teste genético
Existem indicações para realizar o teste genético para detecção do câncer de mama. O risco aumenta se a paciente tem parentes de primeiro grau com câncer de mama, ovário, pâncreas, próstata ou melanoma.
Por meio de um teste genético, o especialista vai analisar se a pessoa possui mutações genéticas nos genes BRCA 1 e BRCA 2, genes relacionados aos cânceres de mama e de ovário.
Uma vez constatada a presença dos genes alterados BRCA1 e BRCA2 nos exames de Detecção de Mutação Genética, se a mulher estiver de acordo, a melhor indicação é a cirurgia profilática para a retirada das mamas e dos ovários. O profissional geneticista é o indicado para este tipo de recomendação de exame e também para a retirada de dúvidas mais específicas.
A prevenção é o melhor combate
Além dos cuidados necessários caso exista um histórico familiar, a prática de exercícios físicos e alimentação saudável também contribuem para a prevenção da doença. Lembrando da importância de realizar um check-up anual com todos os exames necessários.
A detecção precoce e diagnóstico do câncer de mama são fundamentais para a redução de mortalidade e aumento das chances de cura. Por isso, lembre-se de realizar os exames preventivos regularmente e consultar uma pessoa profissional de saúde — ginecologista, mastologista, radiologista, geneticista e oncologista são aqueles que têm todas as condições e ferramentas para desenhar o que é o melhor para cada pessoa neste caso.
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