O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. No Brasil, ele é o segundo mais frequente, ficando atrás apenas do melanoma (câncer de pele). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, são estimados cerca de 66 mil novos casos da doença entre as brasileiras.
Ele é causado por alterações genéticas nas células da glândula mamária que levam a uma multiplicação desordenada, formando assim o nódulo na mama. Esse tipo de câncer é capaz de se espalhar para outros órgãos do corpo (câncer de mama metastático), como pulmões, ossos, fígado e cérebro.
É importante ressaltar que, apesar de ser raro, apresentando uma taxa de incidência de apenas 1% do total de casos, o câncer de mama também afeta os homens.
Quais são os sintomas?
Diferente de outras patologias ginecológicas, é possível identificar sinais e sintomas em fases iniciais da doença, como:
nódulo fixo, geralmente indolor;
pele da mama avermelhada e com textura parecida com casca de laranja;
alterações no mamilo – mamilo invertido;
saída de secreções sanguinolentas pelos mamilos;
nódulos pequenos nas axilas ou pescoço.
O nódulo na mama, segundo o Inca, é a principal manifestação da doença – presente em aproximadamente 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria paciente. Ao apresentar quaisquer sinais e sintomas, é fundamental buscar a avaliação de um médico.
A importância da detecção precoce
Existem inúmeros tipos de câncer de mama. Segundo o Inca, alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. Na maioria dos casos, quando detectados precocemente e tratados adequadamente, apresentam bom prognóstico. A mamografia é um exame fundamental para a detecção precoce, auxiliando na redução da mortalidade. A realização da mamografia de rotina é indicada para as mulheres de 50 a 69 anos de idade uma vez a cada dois anos. Para mulheres com fatores de risco aumentado, o exame deve ser feito anualmente a partir dos 35 anos de idade. Em mulheres a partir dos 70 anos, a frequência deve ser indicada por um médico.
Apesar de não ser considerada uma prática preventiva, o autoexame das mamas, que consiste na palpação dos próprios seios, ajuda a mulher a conhecer melhor o próprio corpo e, assim, conseguir identificar algum sinal de anormalidade. Por isso, sempre que possível, observe suas mamas – pode ser durante o banho ou em um momento em que você se sinta mais confortável.
Mas não esqueça: para manter a saúde das mamas, é necessário realizar os exames preventivos uma vez ao ano.
Prevenir para evitar
Apesar de a idade ser um dos principais fatores de risco para a doença, ocorrendo em cerca de quatro em cada cinco casos após os 50 anos, bem como fatores genéticos, o câncer de mama pode ser prevenido com alterações no estilo de vida.
O Inca aponta que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos de vida saudáveis, como praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, amamentar e evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas.
Além disso, manter uma dieta saudável, com consumo de alimentos naturais que contenham nutrientes essenciais para o organismo, é fundamental para a prevenção e manutenção da qualidade de vida, uma vez que a obesidade e o sobrepeso estão entre os fatores comportamentais que aumentam o risco para o câncer de mama. O Inca recomenda, na publicação Dieta, Nutrição, Atividade Física e Câncer: Uma Perspectiva Global - Um Resumo do Terceiro Relatório de Especialistas com uma Perspectiva Brasileira, algumas mudanças nos hábitos alimentares para prevenção do câncer, como consumir alimentos naturais, evitar ultraprocessados, consumir menos carne vermelha e evitar bebidas alcoólicas.