Dormir é um verdadeiro ritual e muitas vezes está diretamente ligado a nossa higiene do sono, aqueles pequenos hábitos que antecedem o sono e que pode nos proporcionar uma ótima noite.
No entanto, a sobrecarga das tarefas do cotidiano e inseguranças podem fazer com que dormir seja um grande sacrifício e para conseguirmos adormecer muitas vezes temos que apelar para os medicamentos que induzem o nosso sono, que podem fazer um grande mal para a nossa saúde.
Vamos entender um pouco mais sobre esses riscos!
😴 Como os remédios para dormir agem? Essas medicações para dormir agem no nosso cérebro, alterando os neurotransmissores que regulam o nosso ciclo circadiano.
😴 Os remédios para dormir funcionam?
Depende do que você chama de dormir...
A maior parte dessas medicações realmente vai nos fazer dormir por um tempo maior.
No entanto, temos que entender que “dormir mais” é algo completamente diferente de “dormir melhor”. O tempo não é necessariamente um bom indicativo de uma boa qualidade de sono. Na verdade, um tempo deitado muito aumentado é muitas vezes um indicativo de que ele não está ocorrendo de modo adequado.
😴 Remédios para dormir bagunçam os estágios do sono
Uma noite de qualidade depende de uma organização bem refinada da sequência e da proporção de cada um dos estágios do sono. Para nos fazer dormir mais, os remédios hipnóticos bagunçam completamente a harmonia entre os estágios do sono.
Para nos fazerem dormir mais, esses remédios levam a um aumento muito grande no tempo de sono de ondas lentas (também chamado estágio N3).
Como este é o estágio mais profundo, aumentá-lo significa que estamos quase sedados ao usar essas medicações. Em contrapartida, o sono REM (muito importante para o funcionamento adequado do nosso cérebro) é muito diminuído.
Essa desproporção entre estágio N3 e REM é um dos grandes efeitos negativos das medicações para dormir. Note que ao alterar o balanço desses estágios, as medicações para dormir induzem um sono completamente artificial.
😴 Tipos de remédios e fitoterápicos e seus riscos
Ansiolíticos
Devido à ação relaxante, aumentam a propensão a quedas e pioram os sintomas da apneia.
Hipnóticos
Tendem a prejudicar a atenção se mal utilizados, já que a sonolência perdura após o despertar.
Valeriana
Se usada com certos ansiolíticos, a planta pode induzir sono demais e queda da pressão arterial.
Outros remédios fitoterápicos
Melissa, camomila e maracujá juntos ou em excesso funcionam como estimulantes em vez de acalmar.
😴 Efeitos colaterais das medicações para dormir
Sonolência residual
Este é o nome técnico para quando acordamos baqueados e com sono, após uma noite em que tomamos uma medicação para dormir. Isso acontece principalmente quando a medicação não está ajustada (seja no tipo de medicamento ou na dose). Nesse caso, quando acordarmos ainda estamos sob efeito do remédio que foi tomado na noite anterior.
Prejuízos cognitivos e problemas de memória
Como essas medicações diminuem muito o sono REM, elas acabam por afetar muito a memória.
Dificuldades de concentração e déficit de atenção
O uso dessas medicações podem nos fazer ter dificuldade de concentrar e manter a atenção. Por conta disso, pessoas com insônia ou privadas de sono também podem ter dificuldades de aprendizado.
Letargia, apatia, confusão mental e falta de coordenação
Dependendo da dose, as pessoas que tomam medicações para dormir podem ficar sob o efeito desses remédios mesmo durante o dia. Nesse caso, o cérebro funciona de modo mais lento, causando todos esses efeitos.
Tolerância
Sempre quando tomamos um remédio de uso contínuo, é possível que com o tempo ele deixe de fazer efeito. A isso se dá o nome de tolerância. A única maneira de driblar a tolerância é aumentar a dose. Porém, em medicamentos como os indutores de sono, aumentar muito a dose posse ser bem perigoso e aumenta muito a chance de efeitos colaterais.
Dependência
Muitos desses remédios podem causar dependência física e mental. No caso da dependência mental (chamada de “condicionamento”) a pessoa não se sente mais capaz de dormir sem o medicamento. No final das contas o remédio não faz mais efeito, mas mesmo assim não conseguimos deixá-lo.
Interações medicamentosas
Os medicamentos para dormir apresentam muitas interações medicamentosas. As principais delas são com outras drogas que também fazem com que o cérebro desacelere.
Nunca tome um desses remédios por conta própria. Mesmo que a medicação para dormir tenha sido prescrita pelo seu médico, avise-o de outras medicações que você já toma, para que ele avalie se é seguro usá-la. Outra interação medicamentosa muito importante dos remédios para dormir é com o álcool. Jamais beba e tome medicação para dormir!
Risco de acidentes
Se você já leu a bula de um desses medicamentos, deve ter visto que não se recomenda “dirigir ou operar máquinas pesadas” após tomá-los.
Os hipnóticos podem causar tanto acidentes automobilísticos quanto de trabalho.
Quedas e fraturas
Em idosos que tomam esses remédios há um tipo de acidente adicional: o risco de quedas. Quedas e fraturas são muito perigosas em idosos, pois diminuem muito a funcionalidade e a qualidade de vida.
Aumento do ronco e piora da apneia
Por conta do relaxamento da musculatura relacionada à respiração, esses quadros podem piorar bastante em quem toma medicação para dormir.
😴 Remédios naturais podem não ser seguros também
Ervas e fitoterápicos, como fórmulas à base de passiflora, camomila e valeriana, são vendidas livremente nas farmácias, mas também exigem cuidado por não terem padrões de formulação, princípios ativos ou dosagens.
E mesmo a interação de ervas traz riscos. Melissa, camomila e maracujá juntos ou em excesso funcionam como estimulantes em vez de acalmar, por exemplo.
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