😓
LER (Lesão por Esforço Repetitivo), também chamada de DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), é o termo utilizado para designar um grupo de distúrbios ou doenças do sistema musculoesquelético, que é formado por estruturas como tendões, nervos, músculos, ossos e articulações, relacionado a atividade de um indivíduo. Essa condição, que provoca inflamação e dor, é causada por mecanismos de agressão, que vão desde movimentos repetitivos ou que exigem muita força na sua execução, até postura inadequada e estresse.
A LER é entendida como uma doença ocupacional, podendo afetar profissionais de qualquer área que exija um trabalho mal executado ou que não respeita os limites biomecânicos. O fisioterapeuta Elias Silva esclarece que a condição está diretamente associada ao trabalho pela questão postural e intensidade da jornada de atividades, acometendo, sobretudo, os membros superiores (MMSS).
As doenças mais frequentes que compreendem esse distúrbio são:
Tendinites – principalmente do ombro, cotovelo e punho;
Lombalgias – dores na região lombar;
Mialgias (dores musculares);
Bursite;
Epicondilite;
Síndrome do túnel do carpo;
Dedo em gatilho.
Sintomas
Os principais sintomas de LER incluem:
Dor nos membros superiores e nos dedos;
Dificuldade e redução na amplitude do movimento;
Formigamento;
Fadiga muscular;
Alteração da temperatura e da sensibilidade;
Inflamação.
Na maioria dos casos, os sintomas são de evolução insidiosa até que sejam claramente percebidos, segundo o Ministério da Saúde. No documento “Dor relacionada ao trabalho”, a pasta esclarece que os sintomas são desencadeados ou agravados após períodos de maior execução de trabalho ou jornadas prolongadas. Conforme os sintomas vão se intensificando, a diminuição da capacidade física passa a ser percebida não só no trabalho como também fora dele, afetando as atividades cotidianas. Tratamento
O tratamento para as condições que englobam a LER variam de acordo com a dor de cada indivíduo. “Existem variações no tratamento, porque depende do diagnóstico que foi dado e da gravidade de cada lesão. As possibilidades variam entre o tratamento fisioterapêutico, prescrições medicamentosas, órteses (cintas, faixas etc.) e cirurgias nos casos mais severos”, aponta o fisioterapeuta.
Para as crises mais agudas de dor, o tratamento pode incluir a administração de anti-inflamatórios, bem como repouso das estruturas musculoesqueléticas acometidas. As fases mais avançadas, em determinados casos, requerem a aplicação de corticoides na área lesionada, além da realização de fisioterapia e intervenção cirúrgica.
Quando não tratadas adequadamente, existe a possibilidade de evolução das lesões, alerta o fisioterapeuta. Por isso, ao apresentar sintomas característicos desta condição, é imprescindível procurar um médico para obter um diagnóstico preciso. Somente um profissional habilitado poderá indicar a melhor estratégia terapêutica para alcançar um tratamento mais efetivo. Prevenção
Para evitar o desenvolvimento de lesões, o fisioterapeuta recomenda manter a postura ideal no posto de trabalho e durante a execução das tarefas, além da adequação do ambiente de trabalho de forma individualizada, como altura da cadeira correta, distribuição de peso, gerenciamento do espaço, materiais e ferramentas específicas e adequadas. Outras medidas também podem ser eficazes:
Realizar intervalos durante a jornada de trabalho para fazer alongamentos;
Respeitar as limitações biomecânicas, não provocando sobrecargas, repetições e movimentos bruscos;
Estar atento à postura, buscando manter as costas eretas, apoiadas em um encosto confortável, punhos bem posicionados e os ombros relaxados;
Manter as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão;
Manter o monitor do computador na linha dos olhos e a uma distância de 45 a 70cm.