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Popularmente conhecida como “pressão alta”, a hipertensão arterial ocorre pela força da pressão que o sangue faz nas paredes das artérias para conseguir circular por todo o organismo, permanecendo acima dos limites considerados normais para determinada idade.
O coração funciona em nosso organismo como uma bomba que fornece sangue para todo o corpo, realizando movimentos repetidos em duas fases: contração (sístole) e relaxamento (diástole). A hipertensão se caracteriza quando há uma dificuldade do sangue em passar pelas artérias e circular pelo organismo, fazendo com que o coração precise bater com mais força para conseguir realizar o processo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a pressão arterial é medida em milímetros (mm) ou centímetros (cm) de mercúrio (Hg). O valor de pressão considerado ótimo é de 12 por 8 – ou 120 por 80 mmHg. No entanto, quando a medição apresentada está acima da faixa de 14 por 9 – 140 por 90 mmHg, ela é considerada alta. A SBN ressalta que sempre que a pressão estiver maior que 120 por 80 mmHg e menor que 140 por 90 mmHg, é recomendado fazer medidas com maior periodicidade para fins de acompanhamento.
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a hipertensão acomete mais de 30% da população mundial adulta, atingindo mais de um bilhão de pessoas. A Opas alerta que a condição é o principal fator de risco para problemas cardiovasculares, sobretudo doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC), mas também para doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demência.
Sintomas
Na maioria dos casos, a hipertensão é silenciosa. A Opas estima que metade das pessoas que vivem com a doença desconhecem sua condição, o que aumenta o risco de complicações e morte. No entanto, quando a pressão sobe demais, sintomas surgem, como:
Dores no peito;
Dor de cabeça;
Zumbido no ouvido;
Sonolência;
Tonturas;
Visão embaçada;
Dificuldade para respirar;
Sangramento nasal.
É importante consultar um clínico geral sempre que surgir os sintomas, para obter um diagnóstico preciso e receber um tratamento adequado.
Causas e tratamento
A condição pode afetar pessoas em qualquer fase da vida, com maior prevalência em pessoas com histórico familiar da doença, além de a incidência aumentar com a idade. Contudo, fatores de risco podem estar associados, como: fumar; consumir bebidas alcoólicas; obesidade; estresse; consumo excessivo de sal; colesterol alto; sedentarismo; e má alimentação.
A pessoa diagnosticada com pressão alta deve realizar acompanhamento médico pelo resto da vida. O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, que vai desde alterações no estilo de vida, com dieta equilibrada, até o uso de medicamentos para controlar a pressão. Medir regularmente a pressão também é uma medida necessária, até mesmo para quem não tem a doença.
Complicações e controle da doença
Quando a pessoa hipertensa não realiza o tratamento de forma adequada, ela corre o risco de ter complicações graves. A doença sem tratamento pode causar problemas, como:
Infarto;
Angina;
Arritmia;
Derrame;
Insuficiência renal.
Por isso, é necessário visitar regularmente um médico, além de ter hábitos de vida saudáveis e seguir o tratamento indicado pelo profissional. Algumas medidas simples, mas necessárias para controlar a pressão e ter mais qualidade de vida, são:
Medir sempre que necessário a pressão,
Manter uma alimentação equilibrada e regrada, longe de comidas salgadas e gordurosas;
Acrescentar atividades físicas no dia a dia;
Evitar situações de estresse;
Não fumar;
Não consumir álcool em excesso;
Manter o peso adequado;
Controlar o diabetes.