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O glaucoma é uma doença crônica e silenciosa, que acomete os olhos, caracterizada por uma elevação da pressão ocular. A doença não tem cura, mas, na maioria dos casos, ela pode ser controlada quando tratada corretamente. No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), o glaucoma é capaz de causar cegueira se não for tratado a tempo, considerando que 80% dos casos não apresentam sintomas em estágios iniciais.
E, para conscientizar a população sobre a importância dos exames oculares preventivos, do diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença, é celebrado, no dia 26 de maio, o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
O que é o glaucoma
De acordo com a SBG, mais de dois milhões de brasileiros acima dos 40 anos são acometidos pelo glaucoma. A doença se desenvolve quando há um aumento na pressão ocular, danificando as fibras nervosas do nervo óptico.
No folheto informativo “A Prevenção do Glaucoma”, a SBG explica que “o olho contém um líquido (humor aquoso) que circula continuamente no seu interior. Esse líquido é produzido e escoado através de uma região denominada ângulo da câmara anterior”. Na pessoa acometida pelo glaucoma, ocorre uma diminuição no escoamento desse líquido, o que faz com que ele se acumule dentro do olho, causando o aumento da pressão intraocular.
Há fatores de risco que devem ser considerados para um possível surgimento da doença, como histórico familiar da doença, pessoas com alto grau de miopia, idade acima dos 40 anos e afrodescendentes, além de hipertensão arterial e diabetes. Os indivíduos com essas condições devem realizar exames regularmente e ficar atentos aos sintomas.
Sintomas
O glaucoma se desenvolve durante anos sem apresentar nenhum sinal. Os sintomas geralmente aparecem na fase avançada da doença. O sinal do tipo mais comum de glaucoma, o de ângulo aberto, pode ser percebido quando a pessoa passa a esbarrar com frequência em objetos e coisas, em decorrência da perda gradual da visão periférica. Em casos de glaucoma de ângulo fechado, considerado raro, os sintomas podem incluir:
Diminuição do campo de visão;
Dor intensa no interior dos olhos;
Dor de cabeça;
Olhos vermelhos e lacrimejando;
Visão turva ou embaçada;
Aumento da pupila;
Dificuldade para enxergar no escuro;
Náusea e vômito;
Visão de arco-íris em volta de luzes;
Sensibilidade excessiva à luz.
Ao surgir sintomas da doença ocular, é necessário buscar o auxílio de um oftalmologista, que irá investigar melhor a condição e dar um diagnóstico preciso.
Diagnóstico e tratamento
O glaucoma é diagnosticado através de um exame oftalmológico cuidadoso, realizado pelo médico oftalmologista, cujo processo consiste em medir a pressão intraocular. Além disso, o médico também pode solicitar demais exames, como de fundo de olho e campo visual, para confirmar o diagnóstico da doença. O tratamento é feito com colírios, que baixam a pressão ocular, como também podem ser realizadas cirurgias ou uso de laser, o que varia de acordo com o tipo de glaucoma, estado do nervo óptico e recomendações do oftalmologista.
De acordo com a SBG, o tratamento do glaucoma visa preservar a visão e a qualidade de vida do paciente. Por ser uma doença que não tem cura, a realização adequada do tratamento indicado pelo oftalmologista é fundamental para que a doença não evolua, ocasionando cegueira.
Prevenção
A prevenção mais indicada e eficaz para evitar o glaucoma é consultar regularmente o oftalmologista e realizar os exames preventivos. Desse modo, quando houver indicativos de glaucoma, será possível receber um diagnóstico precoce, que irá ajudar a controlar a doença. Somente um profissional habilitado é capaz de diagnosticar o glaucoma.