🏖️
O sol pode trazer inúmeros benefícios para a saúde. A exposição adequada aos raios solares contribui para a produção de uma vitamina fundamental para o nosso organismo: a vitamina D. Ela nos ajuda a manter a saúde dos ossos, do sistema imunológico, contribui para os sistemas nervoso e cardiovascular, além de auxiliar no metabolismo, nos níveis de serotonina, entre outros benefícios.
No entanto, quando a exposição solar é feita de maneira inadequada, ela pode representar perigo para a saúde da pele. Isso porque o Brasil, um país tropical em que estamos sujeitos a longos períodos de exposição ao sol, está entre os países com maior incidência de câncer de pele. Grande parte da população brasileira se expõe à radiação solar sem nenhum tipo de proteção, o que contribui para os índices elevados da doença no país. Câncer de pele
O câncer de pele pode ser classificado de duas formas: câncer de pele melanoma e câncer de pele não melanoma. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que, para cada ano do triênio 2020-2022, ocorrerão 83.770 novos casos de câncer de pele não melanoma. Para o câncer de pele melanoma, as estimativas de novos casos são de 8.450.
O câncer de pele melanoma é o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é o tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, com o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade.
Esse tipo de câncer se origina das células produtoras de melanina, uma substância que determina a cor da pele, sendo mais frequente em adultos brancos. Ele pode surgir em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, apresentando-se em formato de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. O prognóstico do melanoma pode ser considerado bom quando detectado precocemente.
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do Inca. Entre os tumores de pele, esse tipo de câncer é o mais frequente e de menor mortalidade.
Na maioria dos casos, ele afeta pessoas com mais de 40 anos, sendo raro em crianças e pessoas negras. No entanto, considerando a exposição frequente de jovens aos raios solares e sem proteção, essa média de idade dos pacientes vem diminuindo.
O tumor pode apresentar-se de diferentes tipos, sendo os mais frequentes o carcinoma basocelular, o mais comum e também o menos agressivo, e o carcinoma epidermoide. Quando diagnosticado e tratado precocemente, o câncer de pele não melanoma apresenta altos índices de cura. Como se prevenir e proteger
Existem inúmeras medidas que podem ser tomadas para prevenir o desenvolvimento do câncer de pele, como:
Evite expor-se ao sol quando os raios solares são mais intensos, entre 10h e 16h;
Use frequentemente protetor solar para o corpo, rosto e lábios, sobretudo os que possuem fator de proteção solar acima de 30;
Utilize óculos de sol com lentes de qualidade, que contenham proteção UV;
Use chapéus com abas largas;
Use roupas claras, de algodão ou roupas com proteção UV, que dão maior proteção contra os raios solares;
Use sombrinhas ou guarda-sol.
Além disso, quando houver exposição necessária em horários de alta intensidade dos raios solares, procure sempre por áreas que forneçam sombra, como ficar embaixo de árvores e marquises. Evite realizar procedimentos em câmaras de bronzeamento artificial, uma vez que elas aumentam as chances de câncer de pele devido a exposição intensa dos raios UVA e UVB.
Esteja sempre atento às mudanças da sua pele. É importante observar manchas, pintas e sinais que possam surgir, ou mudar de tamanho, cor e apresentar bordas irregulares. E não esqueça de visitar regularmente um médico dermatologista.