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Os métodos contraceptivos ou anticoncepcionais são todos os recursos adotados por homens e mulheres para evitar uma gravidez indesejada. A escolha de um método contraceptivo cabe ao paciente, porém, é necessário o auxílio de um médico especialista para orientar sobre os benefícios e as desvantagens de cada método disponível, além de avaliar individualmente qual opção é mais adequada para a mulher e o homem.
Os métodos podem ser classificados em: métodos naturais, métodos de barreira, método definitivo, dispositivo intrauterino, métodos hormonais e método de contracepção de emergência. Esses métodos englobam, por exemplo, a pílula anticoncepcional, que está entre os métodos mais utilizados, além de cirurgias, injeção, DIU, calendário do período fértil, entre outros, e, claro, os preservativos masculina e feminina, sendo o único método que evita a gravidez e protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s).
👉 Abaixo, separamos sete métodos contraceptivos para você conhecer: 1. Preservativo
O preservativo, mais conhecido como camisinha, como dito anteriormente, é um dos métodos mais indicados e seguros para evitar a gravidez e, sobretudo, as infecções sexualmente transmissíveis, como a candidíase, o HPV e o HIV, por exemplo. Atualmente, existem camisinhas para os homens e para as mulheres, que devem ser colocado antes de iniciar as relações sexuais. Mas atenção, elas não devem ser usadas juntas, ou seja, somente uma delas deve ser usada por um (a) dos (as) parceiros (as) durante a relação.
Além disso, os preservativos devem ser colocados corretamente para evitar um possível rompimento do produto. Eles são de fácil acesso e de baixo custo, não apresentando efeitos adversos significativos. Algumas pessoas podem desenvolver alergia ao material, porém, existem versões disponíveis sem látex. 2. Pílula anticoncepcional
É o método mais popular utilizado para prevenir uma gravidez, que também traz benefícios como o combate a TPM (Tensão Pré-Menstrual), no controle do acne, endometriose, cólicas menstruais e síndrome dos ovários policísticos, além de regular o ciclo menstrual.
As pílulas anticoncepcionais, que são utilizadas via oral, são compostas de hormônios semelhantes aos que são produzidos naturalmente pelos ovários, contendo estrogênio e progestogênio, que atuam impedindo que ocorra a ovulação e, consequentemente, a gravidez. No entanto, existem pílulas que possuem apenas progestogênio, que é mais utilizado por mulheres no período da amamentação,fumantes ou por aquelas com mais de 35 anos.
É um método contraceptivo muito eficaz e seguro, mas requer um compromisso com a sua administração, visto que a paciente precisa tomar todos os dias, no mesmo horário, sem falhas para garantir a eficácia e segurança do produto.
Assim como todo medicamento, as pílulas possuem alguns efeitos colaterais, sendo os mais comuns as náuseas, dor nas mamas, diminuição do fluxo menstrual, diminuição da líbido e aumento do risco de trombose, sobretudo em mulheres fumantes. 3. Dispositivo intrauterino (DIU)
O DIU é um pequeno dispositivo em formato de T que é implantado no útero da paciente pelo ginecologista, podendo permanecer por aproximadamente cinco a dez anos. O DIU é um método muito eficaz e não libera o estrogênio, sendo um meio discreto e que pode ser removido a qualquer momento. Existem dois tipos de DIU: o hormonal e o de cobre. Ambos são muito semelhantes, a diferença encontra-se na estrutura.
No DIU hormonal o dispositivo é de plástico e libera o hormônio levonorgestrel. Os pontos positivos desse método são a redução de dores durante a menstruação, diminuição do fluxo menstrual, além de ajudar a proteger contra doença inflamatória pélvica. Porém, ele pode provocar algumas reações adversas, como dor ao ser implantado e alguns dias após a colocação e ganho de peso.
Já no DIU de cobre o dispositivo é metálico, liberando íons de cobre que impedem a fecundação do espermatozoide no óvulo. Os benefícios do DIU de cobre compreende a sua validade, de até 10 anos, além de poder ser utilizado durante o período de amamentação. No entanto, seus efeitos colaterais podem incluir aumento do fluxo menstrual, causar infecções, cólicas e sangramentos irregulares na paciente. 4. Laqueadura cirúrgica
A laqueadura é um método contraceptivo definitivo, que visa romper por meio de um corte o ligamento das tubas uterinas que ligam o ovário ao útero, assim, impedindo a mulher de ter filhos para o resto da vida. Por isso, neste método, só cabe ser utilizado quando a mulher decide definitivamente não ter filhos.
A cirurgia é realizada por profissionais da área da saúde, que realizam após a anestesia um corte nas trompas, que são fechadas, impedindo que o espermatozoide chegue até o óvulo. O procedimento exige internação por aproximadamente dois dias e, normalmente, a recuperação leva cerca de duas semanas. 5. Vasectomia
Assim como na laqueadura, a vasectomia também é uma forma de contracepção definitiva. O método consiste em uma cirurgia realizada no homem, em que o urologista interrompe a saída do espermatozoide através da realização de um corte no canal onde passam os espermatozoides dos testículos até às vesículas seminais. Apesar disso, os homens ainda continuam ejaculando e não causa impotência. 6. Anticoncepcional injetável
Os anticoncepcionais injetáveis possuem os mesmos princípios das pílulas, porém, é realizado por meio de uma injeção aplicada no braço ou na perna por um profissional de saúde mensalmente, no caso da injeção hormonal, ou a cada três meses, para a injeção de progesterona. O que difere das pílulas anticoncepcionais é dispensar o uso diário do medicamento.
Após a injeção, é liberado lentamente no organismo hormônios que impedem a ovulação. Mas cabe ressaltar que, quando usado por um longo período, este método pode provocar atraso na fertilidade, aumento do apetite e, consequentemente, pode haver aumento do peso, além de dores de cabeça, acne e queda de cabelo. É um método muito indicado para mulheres com doença mental, epilepsia e que não podem tomar pílulas ou não podem usar DIU, por exemplo. 7. Métodos naturais
Além dos métodos apresentados anteriormente, existem outros que podem ajudar a evitar uma gravidez indesejada. Contudo, estes métodos podem não ser muito eficazes, apresentando maior risco de ocorrer uma gravidez. Os chamados métodos contraceptivos naturais envolvem: Método do calendário (tabelinha): este método é realizado por meio do cálculo do período fértil, por subtração de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18 dias ao ciclo mais curto. Isto é, a mulher anota em um calendário os dias equivalentes ao início e término do período fertil. Atualmente, existem aplicativos para smartphones que ajudam a controlar o ciclo menstrual. Método da temperatura corporal: a temperatura do corpo feminino é mais elevada no período após a ovulação – momento em que a mulher pode engravidar. Por isso, para reconhecer esse período, a mulher deve diariamente medir a temperatura com um termômetro no mesmo local e registrar sempre no mesmo horário. Método do muco cervical: no período mais fértil, a mulher tem o muco mais grosso, semelhante a clara de ovo, que indica que as chances de engravidar são maiores. A mulher ainda tem a sensação de que a vagina está mais úmida.